Nestes tempos de crise, a principal atividade do dirigente sindical deve ser a de manter postos de trabalho. Este é o nosso maior desafio e nossa maior responsabilidade frente às necessidades dos trabalhadores e, certamente, também é nossa maior dificuldade.
Como garantir empregos em um momento em que a produção industrial está desabando? Devemos procurar exercer nossa capacidade e poder de negociação até a exaustão. Buscar alternativas junto às empresas que possam manter o trabalhador em atividade e com garantia de salário.
Claro, ficar atento a não precarização desse trabalho também é nossa obrigação mas, buscar acordos e formas negociadas para que o trabalhador perca o mínimo possível é nossa principal tarefa.
Podemos fazer mais? Já estamos fazendo. Ao nos manifestarmos e nos organizarmos contra a crise, chamando a atenção do Governo ou propondo medidas que mantenham postos de trabalho, estamos procurando agir de uma maneira mais ampla sobre o problema do desemprego.
Assim tem sido nas bases de nossos sindicatos filiados à Federação ou em Brasília junto com as Centrais Sindicais. O movimento sindical tem de estar presente mais do que nunca. Não podemos deixar que a irresponsabilidade de governos ou patrões façam com que os que produzem toda a riqueza de nosso país fiquem com todas as mazelas dessa crise.
Cláudio Magrão
(Presidente da Fedmetalsp)