O movimento sindical brasileiro repudia as declarações ameaçadoras do deputado
federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em que advoga um novo AI-5 para reprimir as
forças do campo democrático, popular e as lutas sociais.
A fala covarde e irresponsável do filho do Presidente da República é mais uma “cortina
de fumaça” utilizada pra tentar abafar as relações nada republicanas da família
Bolsonaro com as milícias.
Convém lembrar que o Ato Institucional número 5 foi instituído no final de 1968 pelo
general Artur da Costa e Silva com o propósito de perseguir e calar as organizações e
personalidades que faziam oposição ao regime militar.
O mais duro ato imposto pela ditadura abriu caminho para o fechamento do Congresso
Nacional, suspensão de quaisquer garantias constitucionais, cassação de mandatos,
intervenção nos sindicatos, prisões , assassinatos e tortura de opositores.
O regime instituído pelos militares, através de um golpe apoiado pelos EUA e o
empresariado, foi derrotado pelo povo brasileiro em 1985 na sequência da maior
campanha política registrada na história brasileira. A conquista da democracia no Brasil
demandou o sacrifício de inúmeros brasileiros e brasileiras.
A classe trabalhadora e seus representantes foram as principais vítimas do regime
militar e não medirão esforços para defender as liberdades democráticas contra os
arroubos reacionários do deputado da extrema direita e outros membros do Clã
Bolsonaro.
Centrais Sindicais defendem a abertura de processo no Conselho de Ética da Câmara
Federal para apurar a conduta do Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Sergio Nobre - Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres - Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo – Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras
do Brasil)
Antonio Neto – Presidente da CSB(Central dos Sindicatos do Brasil)
José Calixto – Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical
Atenágoras Lopes, presidente da CSP-CONLUTAS
Emanuel Melato – Coordenador da Intersindical – Instrumento de Luta e
Organização da Classe Trabalhadora
Fonte: Força Sindical 01/011/2019