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Crise econômica e desemprego pressionam negociações salariais no país

O aumento da reserva de mão de obra no mercado de trabalho, a crise econômica e os avanços das reformas trabalhista e da previdência no Congresso Nacional, afetam diretamente as negociações salariais de várias categorias no país. Os trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência também sofrem pressão do setor empresarial na mesa de negociação. Antes, as discussões eram por aumento real e novas conquistas, agora, os Sindicatos dos Frentistas lutam para manter direitos e por um reajuste que contemple as necessidades da categoria.

Apesar do setor de revenda de combustíveis continuar aquecido com o aumento das vendas de gasolina, os empresários estão usando a crise econômica para explorar ainda mais a mão de obra. Os Sindicatos dos Frentistas, no entanto, resistem as barganhas do setor patronal e lutam por melhorias para categoria.

No Rio de Janeiro, o presidente da Federação Nacional dos Frentistas e do sindicato da categoria no estado, Eusébio Pinto Neto, teve que recorrer ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para manter aberta a negociação salarial dos trabalhadores de postos de combustíveis do município do RJ. A primeira reunião de mediação, entre patrões e frentistas, acontece nesta quinta-feira (11), no MTE. Segundo Eusébio Neto, os patrões avançaram na proposta econômica, mas tentam impor mudanças nas cláusulas consolidadas pela legislação.

A mesma ameaça enfrenta os frentistas do estado do Espírito Santo. A negociação, que se arrasta há cinco meses, chegou ao ponto limite. Para contornar a crise, o presidente do Sindicato dos Frentistas, Wellington Bezerra, também recorreu ao Ministério do Trabalho. Com a mediação do MTE, os patrões melhoraram a proposta de aumento de salário e do vale-refeição, mas o sindicato teve que ceder em alguns pontos para concluir a negociação.

No Mato Grosso, o presidente do Sindicato dos Frentistas de Cuiabá, Jucelino Porcino, negocia há três meses. Mesmo com o avanço na proposta que garante aumento real nos salários da categoria, o sindicato também sofre pressão para alterar cláusulas da Convenção Coletiva.

Na primeira rodada de negociação salarial, dos frentistas de salvador, na Bahia, realizada nesta quarta-feira (10), a diretoria do sindicato foi surpreendida com a proposta indecente dos patrões. Além de retirar direitos da Convenção Coletiva, o sindicato patronal quer substituir o índice que reajusta os salários, isso vai representar uma perda nos proventos dos trabalhadores. No Pará, o secretário de negociação coletiva da FENEPOSPETRO, Luiz Arraes, representou a entidade, ontem, em mais uma rodada de negociação.

Em Manaus, os frentistas também enfrentam resistência do patronal, que não quer conceder nenhum reajuste para a categoria.

A Federação Nacional dos Frentistas trabalha em conjunto com os sindicatos da categoria para garantir os direitos dos cerca de 600 mil trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência em todo o país. São Paulo, o estado com maior número de frentistas do país, fechou as negociações com aumento real, assim como Goiás, Minas Gerais, Ceará e Distrito Federal.

As atrocidades do governo praticadas contra os trabalhadores estão municiando os discursos do setor de revenda de combustíveis, que tenta tirar na marra, o suor do trabalhador. Esse é mais um round na luta por melhorias salariais e novas conquistas. Pelo papel importante que desempenham na economia das cidades, os trabalhadores de postos vão continuar brigando para garantir os seus direitos. A qualificação do frentista é uma realidade em todo o país e permite maior segurança no manuseio dos produtos tóxicos e inflamáveis.

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