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Demissões na indústria chegam a 1.050 em março e 2.250 neste ano

Mercado está em compasso de espera por reforma da Previdência.

A indústria do Grande ABC demitiu 1.050 trabalhadores em março, o que dá uma média de 33 dispensas por dia. Nos três primeiros meses deste ano já foram 2.250 cortes, cenário oposto ao do mesmo período do ano passado, que tinha registrado a contratação de 950 pessoas – o então melhor saldo (admissões menos cortes) em três anos.

Os dados foram levantados pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e divulgados ontem pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O principal motivo para o resultado negativo é a falta de confiança do empresário para fazer investimentos, o que está diretamente ligado a questões como a aprovação da reforma da Previdência.

“Sentimos que alguns mercados iniciaram o ano com otimismo por conta do novo governo. Agora, já estamos no meio do primeiro semestre sem a reforma da Previdência, e já começam a surgir dúvidas se isso vai sair de fato”, afirmou o diretor titular do Ciesp Santo André, que também responde por Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Norberto Perrella.

Neste ano, a regional registrou a demissão de 1.350 pessoas, sendo 300 em março. São Bernardo demitiu 200 no mês, seguida por São Caetano, com 100 dispensas. Porém o maior número negativo do mês foi em Diadema, com corte de 450 postos de trabalho.

Segundo o diretor titular do Ciesp de São Bernardo, Cláudio Barberini Junior, no mesmo período do ano passado havia certo otimismo, observado antes da greve dos caminhoneiros, que aconteceu em maio. Porém, agora, com a inércia econômica, a competitividade é prejudicada. “Tivemos uma reposição pequena de empregos e aconteceu uma crescente neste indicador. Agora caiu de novo. Estamos oscilando junto com a economia, que ainda não deslanchou, por isso o mercado continua estagnado”, disse.

O diretor do Ciesp Diadema, AnuarDequech Júnior, afirmou que a indústria está no compasso de espera. “Além disso, em Diadema, a indústria alimentícia e a indústria química vêm perdendo força, e isso também prejudica o emprego. Depois de um otimismo moderado no fim do ano, estamos à espera de uma atitude do governo.” Para os dirigentes, a recuperação no emprego só deve ser iniciada no segundo semestre ou em 2020. Fonte: DGABC

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