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Embalado pela crise argentina, dólar chega ao maior valor em 12 meses

Crise argentina e temor de recessão global aumentam procura pela divisa norte-americana, que alcança R$ 4,18, o patamar mais elevado desde setembro de 2018. Entre as moedas de países emergentes, o real foi a que mais perdeu valor nesta segunda-feira (2/9).

Divisa dos Estados Unidos teve alta de 1,09% diante do real. Mercado aposta em novos leilões do BC (foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O acirramento das tensões entre Estados Unidos e China e o agravamento da crise cambial na Argentina provocaram nesta segunda-feira (2/9) nova alta do dólar no mercado brasileiro. A moeda norte-americana subiu 1,09%, terminando o dia a R$ 4,184 para venda, a maior cotação desde 13 de setembro de 2018, antes das eleições presidenciais. Entre as moedas de países emergentes, o real foi a que mais se desvalorizou na sessão.

“A fuga de capitais na Argentina trouxe nervosismo para as moedas de países emergentes, principalmente à do Brasil, já que as economias dos dois países são bastante interligadas”, ressaltou o diretor da Mirae Asset, Pablo Spyer. No fim de semana,  na tentativa de conter a crise, o Banco Central da República Argentina fixou  um limite de US$ 10 mil por mês para a compra de dólar por pessoas físicas.

A subida do dólar aumentou as chances de o Banco Central do Brasil realizar um novo leilão de divisas para conter a volatilidade no mercado de câmbio. A autoridade monetária tem ofertado a moeda norte-americana em espécie no mercado à vista e, simultaneamente, lançado operações de swap reverso, que equivalem a uma compra futura de dólares. Para o economista e diretor executivo da corretora de câmbio NGO, Sidnei Nehme, os leilões não vêm trazendo tanto impacto. “O BC está tentando manter o dólar ao redor de R$ 4,15, mas, ao mesmo tempo em que oferece liquidez no mercado à vista, puxa o futuro, e a moeda não sai de onde está. É uma política de sustentação que não tem intuito de eliminar disfunção”, avaliou.

Fonte: Correio Braziliense

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