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Participação nos movimentos social e sindical ajuda no empoderamento da mulher

III Seminário Nacional das Dirigentes Sindicais dos Empregados em Postos de Combustíveis será aberto nesta terça-feira(7) em Brasília. O evento reúne diretoras dos Sindicatos dos Frentistas de todo o país.

A conscientização é um instrumento importante no empoderamento da mulher e esse processo ocorre, principalmente, através da participação efetiva nos movimentos sociais e sindical. Para ajudar as trabalhadoras de postos de combustíveis e lojas de conveniência do país a ter essa percepção de valores, a Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO) realiza nesta terça (07) e quarta-feira (08), o III Seminário Nacional das dirigentes da categoria. O evento, que tem como tema “Desafios da Participação das Mulheres no Movimento Sindical”, será realizado na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, em Brasília.

Para a secretária da Mulher da FENEPOSPETRO, Telma Cardia, a mulher frentista precisa participar efetivamente das reuniões do sindicato e de ações sociais para defender os seus direitos e garantir o seu papel na sociedade. Segundo ela, as reuniões sociais que acontecem no sindicato, na igreja, na escola e nas agremiações associativas ajudam a conscientizar e politizar a mulher.

Segundo a secretária, o cansaço da batalha diária acaba afastando a mulher do movimento sindical. Telma afirma que é preciso vencer essa inércia inicial para buscar novos caminhos e concretizar os sonhos. “É preciso se doar para crescer. Às vezes, a trabalhadora deixa de participar de uma assembleia para assistir novela. O folhetim distrai, mas é um entretenimento e não tem a função de educar ou conscientizar o indivíduo, por isso precisamos ir para as ruas lutar por uma vida melhor pra toda a família.”

Para a secretária da Mulher da FENEPOSPETRO e organizadora do evento, a luta por direitos e conquistas fortalece e empodera a mulher. A trabalhadora sindicalizada tem mais consciência do que é garantido por lei, e isso ninguém pode tirar, diz Telma.

Ela destaca também a importância do seminário para as dirigentes sindicais que levam para a base o aprendizado dos debates, e com isso reduzimos o assédio às trabalhadoras. A frentista informada não vai permitir um abuso, um deboche, ou uma palavra mal colocado pelo patrão. “Nestes três anos evoluímos muito, o que teve início como um encontro de mulheres, hoje serve de incentivo para a formação de chapas nos sindicatos. Antes, do primeiro seminário em 2015, nem todos os sindicatos tinham mulheres na diretoria. E hoje isso mudou”.

SEMINÁRIO O seminário, que vai reunir mais de 60 sindicalistas em Brasília, já faz parte do calendário de eventos da Federação em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado amanhã(8).  Além de dirigentes sindicais, foram convidadas também trabalhadoras de postos de todo o país. De acordo com Telma, o seminário vai servir de incentivo para que as mulheres saibam o quanto são importantes no movimento sindical. O machismo acaba afastando a mulher do movimento sindical e essa exclusão também é uma violência de gênero.

PROGRAMAÇÃO O Seminário será aberto hoje, às 19.30h com uma palestra sobre a evolução do papel da mulher na sociedade. A palestra será ministra pela juíza Maria Berenice Dias autora de diversos livros entre eles o  “Lei Maria da Penha”.

Amanhã(8), os trabalhos serão retomados, às 8h, com a exibição do Filme “As Sufragistas”,que conta a história da luta das mulheres, no Reino Unido do início do século XX, pela igualdade e pelo direito de votar .

Os debates prosseguem com a palestra sobre “Perspectivas culturais e históricas da representatividade feminina”, com a socióloga Neusa Freire. A presidente da União dos Trabalhadores do Comércio da Colômbia,  Marina Diaz, falará sobre “Desafios da participação das mulheres no movimento sindical” . Na parte da tarde, o professor político Erledes Elias da Silveira vai falar sobre o  “O papel da dirigente sindical na organização das trabalhadoras”. No final do seminário será realizada uma atividade de grupo com as participantes.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA No final do encontro será elaborado um documento sobre os prejuízos da reforma da previdência para as mulheres. O texto será apresentado por uma comissão aos parlamentares no Congresso Nacional. Segundo Telma Cardia, a proposta de aposentadoria para as mulheres aos 65 anos de idade é uma vergonha e terá a oposição ferrenha e combativa das frentistas. “ Nós mulheres temos tripla jornada e a frentista ainda trabalha manuseando produtos tóxicos e inflamáveis, fazer a mulher se aposentar aos 65 anos é um feminicídio”.

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