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Volkswagen comunica férias coletivas para linha de montagem

Empresa notificou sindicato e deverá adotar medida e dar folga para

7.000 trabalhadores a partir do dia 31


O aumento dos casos de coronavírus causa preocupações das

montadoras da região. Além dos anúncios da adoção de home

office pelo setor administrativo – feito oficialmente pela Ford,


GM (General Motors) e, ontem, pela Mercedes-Benz –, a

Volkswagen deve adotar o mecanismo de férias coletivas na

planta Anchieta, em São Bernardo, a partir do dia 31 deste

mês. De acordo com o sindicato, cerca de 7.000 dos 9.000

trabalhadores da linha de produção devem folgar por pelo

menos dez dias.


Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC,

Wagner Santana, o Wagnão, a empresa comunicou a entidade

oficialmente. “Temos um comunicado oficial falando sobre dez

dias, mas isso pode aumentar. Tudo depende do quanto a

pandemia se agravar”, afirmou. Ele destaca que a empresa

também deve aumentar o home office de trabalhadores dos

escritórios, atualmente em 400, mas que pode chegar a 700.

Segundo ele, as demais montadoras monitoram a situação e,

dependendo, também podem recorrer ao mecanismo.

“Inicialmente, elas estão focando em medidas educativas e

preventivas relacionadas a higiene, o que neste momento

torna-se extremamente importante”. A estimativa é que o

número de colaboradores da região em home office esteja em

torno de 1.500.


Wagnão afirmou que o risco à saúde para os funcionários do

chão de fábrica é maior. “Essa é a única maneira de evitar o

contágio. Se uma linha aparecer com dois, três ou quatro

infectados, não se sabe quantas pessoas podem aparecer com

o vírus”, afirmou. “Eu espero que as empresas tenham a

consciência de que, de fato, a melhor prevenção é os

trabalhadores da produção ficarem em casa”, completou,

justificando que grande parte dos operários utiliza transporte

público e tem contato com familiares idosos e crianças.

“Nós consideramos que a maioria dos trabalhadores será

infectada, isso com base no que pesquisas já mostraram. Uma

parte de até 25% terá sintomas que podem ser parecidos com

gripe leve”, disse ele, afirmando que espera orientação por

parte da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de

Veículos Automotores). “Não adianta uma empresa parar e,

depois de 15 dias, parar outra e depois de mais 15 dias, outra.

Isso deve acontecer entre a última semana de março e a


primeira de abril, que é quando o pico mais alto de

contaminação deverá acontecer. Não adianta, agora não é

hora de ver lucro e prejuízo”, relacionou o sindicalista.

Questionada, a Volkswagen não confirmou as férias,

informando que segue adotando medidas de comunicação para

prevenção, adiamento de viagens e recomendação de trabalho

remoto. A Mercedes-Benz também optou ontem por home

office para as áreas administrativas. A Toyota e a Scania

seguem monitorando a situação e intensificando cuidados de

higiene dos trabalhadores.


Em relação à indústria química, o Cofip ABC (Comitê de

Fomento Industrial do Polo do Grande ABC) também adotou o

home office para o setor administrativo.

Fonte: DGABC 17/03/2020.

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