top of page

1255 itens encontrados para ""

  • Força Sindical PI debate fortalecimento da negociação coletiva

    A Força Sindical no Estado do Piauí realizou nesta sexta-feira (1º) um encontro com lideranças sindicais do estado. O vice-presidente da Força Sindical, Sérgio Luiz Leite (Serginho) participou do encontro representou o presidente Miguel Torres. Serginho falou sobre o debate que vem sendo feito em torno de temas como reforma sindical, revisão da reforma trabalhista, convenção 151 que garante o direito a greve do setor público e trabalho em aplicativos. “Foi uma importante oportunidade para esclarecermos as ações que a Força Sindical vem realizando ao dialogar com os Poderes, em Brasília sobre estes e tantos outros temas de interesse da classe trabalhadora”

  • Síndrome de Burnout, Covid-19 e ansiedade são doenças do trabalho

    Lista foi atualizada pelo Ministério do Trabalho com acréscimo de 165 patologias que causam danos físicos e mentais Por Caio Prates Do Portal Previdência Total Claudinei Plaza/DGABC O Ministério da Saúde anunciou no dia 29 de novembro a atualização na lista de doenças relacionadas ao trabalho. Foi publicada uma portaria que incluiu 165 novas patologias responsáveis por danos à integridade física ou mental do trabalhador. Entre as principais estão: ansiedade, depressão, câncer, síndrome de Burnout e a Covid-19. Com a atualização, a quantidade de códigos de diagnósticos passa de 182 para 347. Os ajustes receberam parecer favorável dos ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social e passam a valer em 30 dias. Com isso, trabalhadores acometidos pelas doenças da lista, passam a ter os mesmos direitos trabalhistas e previdenciários assegurados no caso das demais doenças relacionadas às atividades profissionais. PUBLICIDADE A advogada Lariane Del Vecchio, do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, destaca que a síndrome de Burnout incluído na lista, já tinha sido reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como doença do trabalho a partir de janeiro de 2022. “A síndrome de Burnout sempre esteve uma relação direta com o trabalho, é o estresse crônico ocasionado pelo trabalho”, afirma. Na visão da especialista, a inclusão das doenças na lista facilita na clareza do diagnóstico e no olhar mais vigilante das empresas e dos próprios ministérios da Saúde e do Trabalho. “A atualização da lista se faz necessária, já que há 24 anos não tinha sido atualizada, mas é importante ressaltarmos que não é porque uma determinada doença está na lista o Ministério que automaticamente é considerada doença do trabalhador, é necessário comprovar o nexo de causalidade, ou seja, a relação doença e responsabilidade da empresa. As novas formas de trabalho contemporâneo, influenciadas por algoritmos, inteligência artificial, plataformas digitais, conexão em tempo integral, impactam diretamente o ambiente de trabalho e a saúde do trabalhador com o aumento demasiado de casos de diagnósticos de ansiedade, depressão, estresse crônico e tantas outras doenças psíquicas”, alerta. Marco Aurélio Serau Junior, advogado, professor da UFPR e diretor científico do Ieprev, ressalta que a portaria cumpre um papel importante de reconhecer as doenças de saúde mental e esforços repetitivos. “Essa nova portaria é positiva, pois contempla o novo cenário do mundo do trabalho, em relações aos aspectos jurídicos, o uso de novas tecnologias e novas relações de trabalho. E a nova lista pode inclusive facilitar o trânsito de acesso aos benefícios previdenciários”, aponta. De acordo com os especialistas, o trabalhador acometido com as doenças da nova lista terá direito a licença médica remunerada pelo empregador por um período de até 15 dias de afastamento. Já nas hipóteses de afastamento superior a 15 dias, o empregado terá direito ao benefício previdenciário pago pelo INSS, denominado auxílio-doença acidentário, que prevê a estabilidade provisória, ou seja, após a alta pelo INSS o empregado não poderá ser dispensado sem justa causa no período de 12 meses após o fim do auxílio-doença acidentário. Nos casos mais graves de incapacidade total para o trabalho, o empregado terá direito à aposentadoria por invalidez, depois da avaliação da perícia médica do INSS. Segundo Lariane, a lista abrange todos trabalhadores, sendo eles rurais ou da zona urbana, com vínculos formais ou informais e a responsabilidade da empresa pode ser excluída caso seja comprovado culpa exclusiva da vítima ou culpa de terceiros. “As doenças do trabalho são equiparadas a acidente de trabalho e geram custos para o Estado com internações no sistema único de saúde, concessão de benefícios previdenciários e reflexo para toda sociedade o qual temos um trabalhador deixando de prover para sua família, deixando de consumir, de recolher impostos e deixando de produzir, representando assim uma questão de saúde pública e financeira. Por isso, as políticas de saúde do trabalhador merecem vigilância atenta e uma atuação singular em buscar da proteção”, pontua a advogada.

  • trabalhadores da GM SCS, aprovaram por maioria absoluta acordo de PDV.

    Em assembleia realizada hoje, 01/12, pelo sindicato sob o comando do seu presidente Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, os trabalhadores da General Motors (GM), unidade São Caetano do Sul, aprovaram por maioria absoluta acordo de PDV (Programa de Demissão Voluntária) negociada em conjunto com os sindicatos de metalúrgicos de Mogi das Cruz e de São José dos Campos e aberto aos empregados vinculados à manufatura - Operação e GBS de suporte à Manufatura (GBS - Serviços Manufatura e GBS - Gerenciamento de Materiais Indiretos), que estejam em trabalho regular ou em licença remunerada. Pelo que foi aprovado empregados com 1 a 6 anos de permanência na empresa receberão 6 meses de salário nominal, adicional de R$ 15, 000,00 e plano médico de 3 meses ou R$ 6.000,00; empregados com 7 ou mais anos na empresa receberão 5 meses de salário nominal, 1 veículos Onix Hatch LS, ou R$ 85.000,00, e ainda plano médico 6 meses, ou R$ 12.000,00 Em relação ao período de adesão ao PDV este será de 05 a 12 de dezembro de 2023 sendo que 5, 6 e 7 será aberto a adesão para quem está em licença remunerada e a partir do dia 08 de dezembro, fica disponível para todos os elegíveis, caso o número máximo estabelecido não tenha sido atingido. Para cada adesão por empregado que esteja trabalhando regularmente resultará no retorno de outro empregado que esteja de licença remunerada. Fica estabelecido garantia provisória de emprego aos trabalhadores horistas da manufatura e GBS de suporte à manufatura até o dia 3 de maio de 2024, exceto casos de justa causa. Pedido de demissão ou comum acordo apenas se dará com a assistência do sindicato. Para garantir a estabilidade de emprego até o dia 3 de maio de 2024, as partes concordaram com a compensação de 5 dias de greve em datas à serem ajustadas entre empresa e sindicato até o dia 30 de junho de 2024, conforme necessidade de produção. Os dias de greve não serão computados como dias perdidos para efeito da meta de absenteísmo e nem como dias de produção para atingimento da meta de volume de produção previsto no acordo de Participação de Resultados (PR) em vigor. Segundo o Cidão, “A proposta que resultou em acordo e construída com muita discussão entre as partes possui um caráter positivo diante da atual conjuntura econômica e que, diferentemente da proposta anterior de PDV feita pela empresa, o acordo aprovado resultou em uma série de benefícios em termos econômicos, com destaque para a estabilidade de 05 meses aos que permanecerem na empresa”.

  • Trabalhadores aprovam na GM São Caetano do Sul acordo de PDV

    Em assembleia realizada hoje, 01/12, pelo sindicato sob o comando do seu presidente Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, os trabalhadores da General Motors (GM), unidade São Caetano do Sul, aprovaram por maioria absoluta acordo de PDV (Programa de Demissão Voluntária) negociada em conjunto com os sindicatos de metalúrgicos de Mogi das Cruz e de São José dos Campos e aberto aos empregados vinculados à manufatura - Operação e GBS de suporte à Manufatura (GBS - Serviços Manufatura e GBS - Gerenciamento de Materiais Indiretos), que estejam em trabalho regular ou em licença remunerada. Pelo que foi aprovado empregados com 1 a 6 anos de permanência na empresa receberão 6 meses de salário nominal, adicional de R$ 15, 000,00 e plano médico de 3 meses ou R$ 6.000,00; empregados com 7 ou mais anos na empresa receberão 5 meses de salário nominal, 1 veículos Onix Hatch LS, ou R$ 85.000,00, e ainda plano médico 6 meses, ou R$ 12.000,00 Em relação ao período de adesão ao PDV este será de 05 a 12 de dezembro de 2023 sendo que 5, 6 e 7 será aberto a adesão para quem está em licença remunerada e a partir do dia 08 de dezembro, fica disponível para todos os elegíveis, caso o número máximo estabelecido não tenha sido atingido. Para cada adesão por empregado que esteja trabalhando regularmente resultará no retorno de outro empregado que esteja de licença remunerada. Fica estabelecido garantia provisória de emprego aos trabalhadores horistas da manufatura e GBS de suporte à manufatura até o dia 3 de maio de 2024, exceto casos de justa causa. Pedido de demissão ou comum acordo apenas se dará com a assistência do sindicato. Para garantir a estabilidade de emprego até o dia 3 de maio de 2024, as partes concordaram com a compensação de 5 dias de greve em datas à serem ajustadas entre empresa e sindicato até o dia 30 de junho de 2024, conforme necessidade de produção. Os dias de greve não serão computados como dias perdidos para efeito da meta de absenteísmo e nem como dias de produção para atingimento da meta de volume de produção previsto no acordo de Participação de Resultados (PR) em vigor. Segundo o Cidão, “A proposta que resultou em acordo e construída com muita discussão entre as partes possui um caráter positivo diante da atual conjuntura econômica e que, diferentemente da proposta anterior de PDV feita pela empresa, o acordo aprovado resultou em uma série de benefícios em termos econômicos, com destaque para a estabilidade de 05 meses aos que permanecerem na empresa”.

  • Mais de 190 mil empregos com carteira assinada são criados em outubro

    Em outubro, o Brasil gerou 190.366 postos de trabalho com carteira assinada. Os números são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Setores O saldo positivo de outubro resulta das 1.941.281 admissões e dos 1.750.915 desligamentos registrados no mês. Segundo o MTE, a maioria dos empregos formais foram criados nos setores de Serviços (109.939) e de Comércio (49.647). A exceção foi a Agricultura, que teve saldo negativo. No setor de Serviços, onde ocorreu maior geração de empregos, o destaque é para informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que teve saldo positivo de 65.128 empregos. O setor onde ocorreu a segunda maior geração de empregos formais foi o Comércio, com 49.647 postos de trabalho gerados no mês, principalmente no comércio varejista de mercadorias, com predominância de supermercados e hipermercados, além dos artigos de vestuário. O terceiro maior crescimento registrado foi na Indústria: saldo positivo de 20.954 novos postos com carteira assinada. O maior destaque ficou com o setor de fabricação de açúcar em bruto (1,5 mil) e fabricação de móveis, com saldo de 1.330. Já a Construção Civil teve saldo positivo de 11.480 empregos. Na Construção Civil foram gerados 253.876 postos, com destaque para as obras de infraestrutura. A indústria apresenta, ao longo do ano, um saldo positivo de 251.11 novos postos, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios. O único setor que registrou saldo negativo foi o da Agropecuária, com 1.656 empregos perdidos no mês. “É um saldo pequeno, mas negativo, resultado da coleta de produtos como o café, entre outros”, avaliou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em entrevista à imprensa. Perfil regional e populacional São Paulo foi o estado que obteve o maior número de empregos formais, seguido do Rio de Janeiro e Paraná. Tendo como recorte os grupos populacionais, o Caged verificou em outubro saldo positivo tanto para mulheres (90.696 vagas geradas). como para os homens (99.671). Do total de vagas geradas no mês, 110.240 foram para pessoas declaradas como pardas; 64.660 brancas; 22.300 declaradas pretas ; 15.395 amarelas e 652 são declaradas indígenas. Foram também criados 1.699 novos postos de trabalhos para pessoas com deficiência. Com informações de Agência Brasil

  • Presidente da Força, Miguel Torres, participa de reunião do Conselhão

    O presidente da Força Sindical Miguel Torres, foi convidado para participar da 2ª Reunião Extraordinária do Comitê-Executivo do CNDI - Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (Conselhão), ampliada, com a participação da sociedade civil, do qual Miguel é membro. Durante o encontro foi debatido, entre outros assuntos, o documento preliminar do Plano de Ação da política Nova Indústria Brasil.

  • Inscrições para cursos da Escola Municipal de Novas Tecnologias

    Foto: Letícia Teixeira / PMSCS A partir desta sexta-feira (24/11), a Escola Municipal de Novas Tecnologias (EMNOVA) Professora Neusa Maria Nunes Branco, da Prefeitura de São Caetano do Sul, abrirá inscrições para cursos gratuitos destinados a moradores da cidade, de diferentes faixas etárias e níveis de conhecimento, do iniciante ao profissional. As inscrições poderão ser feitas de modo virtual, no site emnova.scseduca.com.br ou presencialmente em um dos polos de aulas informados no site. Para o preenchimento inicial de vagas, o período de inscrição vai do dia 24/11 a 10/12. Para as vagas remanescentes, inscrições e matrículas poderão ser realizadas até 48h antes do início das aulas, caso haja vagas. O início das aulas do primeiro semestre de 2024 está previsto para o dia 5 de fevereiro e o do 2º semestre para o dia 5 de agosto. O candidato poderá se inscrever em até dois cursos por semestre. Há, por exemplo, cursos de Scratch, linguagem de programação que permite criar animações, jogos e histórias interativas; Arduíno, plataforma que possibilita o desenvolvimento de projetos eletrônicos; utilização do celular (do básico ou avançado) e redes sociais, entre outros. E, quem deseja se profissionalizar, pode se inscrever em cursos da Academia Cisco, resultante de uma parceria da Prefeitura de São Caetano do Sul e da empresa Cisco Systems. Para ingressar nos cursos profissionalizantes da Academia Cisco é necessário fazer uma prova de conhecimento. Para os demais cursos oferecidos pela EMNOVA, a classificação é por sorteio, caso o número de inscritos seja superior ao número de vagas. Excetuando os cursos Cisco, que são anuais, todos os demais terão duração semestral (até 16 semanas). A carga horária dos cursos da EMNOVA será de 25 horas (cursos com um encontro semanal), 50 horas (cursos com dois encontros semanais) ou 75 horas (cursos com três encontros semanais). Mais informações sobre os cursos podem ser encontradas no DOE (Diário Oficial Eletrônico) da quarta-feira (22/11) clicando aqui.

  • Gulliver tenta evitar que fábrica vá a leilão

    Empresa busca formas de negociação com a Procuradoria da Fazenda para quitar débitos junto à União Por Nilton Valentim Do Diário do Grande ABC 22/11/2023 | 20:44 André Henriques/DGABC A Brinquedos Gulliver, de São Caetano, tenta renegociar as dívidas que possui junto Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e, dessa forma, encerrar o leilão do prédio que abriga a empresa, no Bairro São José. O pregão está aberto, com lance mínimo de R$ 74.777.511. Diferentemente do que foi publicado pelo Diário no dia 18, a empresa está em funcionamento e conta com 50 funcionários. Segundo Kathia Lavin, gerente da empresa, a intenção dos dirigentes da Gulliver era vender os dois imóveis onde hoje a fábrica está instalada, que possui terreno de 7.277,97 m², quitar as dívidas, e levar a operação para o prédio localizado na esquina das ruas Roberto Simonsen com a Rua São Paulo, onde começou a história da Gulliver, mas os planos podem ser alterados. “Hoje as empresas em recuperação (judicial, como é o caso da Gulliver) têm a possibilidade de abater a dívida com prejuízo fiscal acumulado no balanço. E aí, com essa redução que eles (advogados da empresa) estão reestudando, pode ser que a gente não precise vender mais a fábrica”, afirmou. Nelson Marcondes, advogado da Gulliver, explicou que recentemente foi criada uma Legislação Federal para parcelar os débitos tributários com a União e uma modificação na Lei de Falências. “Aplicando essa legislação, há uma série de benefícios, como exclusão de multas e de juros. E, inclusive, pode fazer compensação (da dívida)com prejuízo fiscal e parcelamento em 120 meses”, detalhou. ETAPAS Segundo o advogado, há dois anos a empresa iniciou uma conversação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e assinou um acordo. “A ideia inicial era vender o prédio da Gulliver já com destinação específica dos recursos, ou seja, nós não íamos nem fazer o parcelamento, e sim pagar a vista”, detalhou. A juíza Daniela Anholeto Valbao Pinheiro Lima, da 6ª Vara Cível da Comarca de São Caetano, que preside o processo de recuperação judicial, emitiu o edital de leilão no dia 14 de novembro. Enquanto isso, de acordo com o advogado, os responsáveis pela empresa seguem na busca por interesados em comprar a área à vista. Entretanto, segundo o advogado, existe uma outra opção. “Pode até existir a possibilidade de a gente desistir da venda. Não sabemos exatamente, qual é o tamanho do prejuízo fiscal que pode ser descontado do débito. Estamos fazendo um levantamento e pode ser que o débito caia mais ainda”, afirma Marcondes. HISTÓRIA A Gulliver foi fundada em 1970. Em sua trajetória, produziu brinquedos icônicos, como o Forte Apache, fabricado até hoje. E bonecos de inúmeros personagens, como Batman, Super-Homem, entre outros.

  • 'Nunca presenciei demissão da forma como foi feita’

    Por Artur Rodrigues FOTO: André Henriques/DGABC Personagem conhecido no movimento sindical, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, teve papel fundamental na reviravolta das demissões feitas pela GM (General Motors) entre o fim de outubro e o início de novembro. Após funcionários serem demitidos por telegrama, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano convocou greve, que durou 16 dias, e levou a questão à Justiça do Trabalho, que impôs derrota à empresa. Em entrevista dada ao Diário, ele contou detalhes das negociações para cancelar as demissões, além de falar sobre os planos para as eleições do ano que vem (já foi vereador em São Caetano). Nome: Aparecido Inácio da Silva Estado civil: Casado Idade: 71 anos Local de nascimento: Santo Anastácio-SP e mora em São Caetano Formação: Direito Livro que recomenda: O Poder da Mente, de Romulo Borges Rodrigues Profissão: Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano Onde trabalha: Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano O sindicato obteve uma grande vitória, obrigando a GM a recontratar os trabalhadores demitidos. Por outro lado, isso não pode contribuir de alguma forma para a montadora deixar o País? Não, isso não pode ser caracterizado como um fator impeditivo (para a continuidade da GM no Brasil), porque ninguém aqui está se opondo às questões da empresa. É direito da GM mandar embora (demitir). Mas quando há uma dispensa em massa, há uma comoção social. Então, nada mais justo do que, no nosso entender, de haver uma discussão. Já teve outras oportunidades mais complexas do que essa, em que houve um entendimento. Agora eles (GM) estão falando que esse lapso temporal de reaquecimento da economia está muito grande, que até o fim de 2024 eles não vão ter perspectiva de melhora. Eles dizem que a situação é muito grave. Mas já teve situação pior que não fizeram isso, na pandemia por exemplo. Foram dois anos, quase dois anos e pouco de pandemia, que foi muito mais prejudicial para a economia e para a estabilidade da empresa e não houve necessidade de um choque tão grande como esse. Durante as negociações, o que te fazia pensar que a empresa poderia rever as demissões? A verdade é a seguinte, confiança 100% a gente não tinha, mas tinha uma válvula que a gente podia estar buscando, que foi precedente ao que houve no passado com a Renault em São José dos Pinhais (a planta do Paraná teve de recontratar 747 trabalhadores por ordem da Justiça), e criou-se uma lei sobre dispensa em massa sem que houvesse uma negociação prévia com o sindicato. Qual é a relação com isso? Foi que a GM tentou, de todas as formas, justificar que houve negociação. Ela tentou fazer a ata dos nossos encontros. O meu departamento de imprensa começou a fazer boletim, eu falei não, não vai soltar nada e não vai oficializar nada. Isso antes das demissões? Antes das demissões, porque eu já pressentia alguma coisa futura, porque, como o pessoal rejeitou o PDV (Programa de Demissão Voluntária), eu não podia dar muita notoriedade e nem fazer muita divulgação da rejeição. Mas eu já estava pressentindo e provamos que não houve reunião, Houve, naquela oportunidade do PDV, uma discussão, mas se encerrou ali. Mais de um mês depois não teve nem contato para retomar as negociações. Por que a empresa não procurou o sindicato? Simplesmente mandou telegrama para os funcionários comunicando da demissão. Há quanto tempo o senhor está no sindicato? Ah, nem pergunta! Na presidência, desde 1988, de forma contínua. E nesse período todo, essa foi a maior vitória que vocês tiveram? Já teve outras vitórias importantes. Por exemplo, aquela manutenção da GM foi fundamental. Aquele acordo que fizemos em 2017 para trazer investimento para a planta (de São Caetano) foi importante. Agora, no que diz respeito à ação da empresa e a reação do sindicato, diria que foi a maior vitória. Porque nunca presenciei demissão da forma que foi feita, por telegrama, e também nunca presenciei o cancelamento de demissões. E com uma sequência de derrotas, porque a empresa não deu nada. Ela tentou, de todos os meios, cassar a liminar e não obteve sucesso. E acha que toda essa reviravolta pode desestimular outras empresas a fazer o que a GM fez? Como que a gente pode prever? Eu acho que eles podem se precaver de não tomar atitudes como essa. Porque, se ela negocia, se ela conversa, se ela dialoga, a coisa caminha e flui com mais naturalidade. É difícil a gente falar com segurança, porque as empresas sempre têm as formas, as técnicas de agirem. E se a gente começar também a falar de que forma que eles vão fazer, pode estar alimentando algumas coisas. Eu diria que as empresas têm que ter mais sensatez nas suas atitudes, porque o trabalhador tem que ser tratado com respeito, tem que ser tratado com dignidade. Não é um objeto para ser descartado assim, de qualquer forma. Ele está trabalhando, o chefe, o supervisor, o responsável direto por ele chega e fala ‘estou te desligando por conta disso, disso e disso’. Mas para que mandar um telegrama na casa do trabalhador, para ele ler a demissão junto com seus familiares? Tem que existir esse entendimento. Por exemplo, o que a Ford fez? Anunciou fechamento. É o caminho? Não sei. Sobre capital, eu digo o seguinte. Capital não tem coração e não tem pátria. Ele vai continuar aqui se tiver lucro e não por causa do que o Cidão pensa, ou porque gosta do Cidão. Vai continuar se achar que tem possibilidade de lucro, é só isso que o capital enxerga. O principal objetivo da empresa é dar lucro, não é por gostar de dar emprego. Nós, como sindicato, temos que entender essa questão também. Quanto nós podemos ser contra o capital? Não podemos. Temos que conviver com ele, precisamos dele. E a partir disso, nós vemos a melhor forma possível para trabalharmos. Qual é o papel do poder público para impedir essas demissões em massa? Eu sou contra essa questão de incentivo fiscal, por exemplo, e a abertura de crédito. Porque a partir do momento que você vai ceder esses benefícios, tem que ter a contrapartida da garantia do emprego. Porque o que já foi dado de benefício, de subsídio para essas empresas... E a contrapartida da obrigatoriedade da manutenção dos empregos, não tem. Então, quando nós firmamos, em 2017, a viabilidade de a empresa continuar aqui, um dos requisitos principais que coloquei foi a manutenção do nível do emprego. Mas quem vai cobrar isso, além do sindicato? Vou dar de novo o exemplo da Ford. O último acordo da Ford ninguém tinha conhecimento. Estava num cofre. Muitas vezes eu falei nas assembleias que ninguém sabia o acordo, de tão perverso que era. Em benefício de quem? Da montadora. E o que aconteceu? Ela foi embora. O que fizeram com a Ford? Deram tudo, terreno, terraplanagem, muita coisa. E o que aconteceu? Fechou, foi embora. Lucrou, lucrou, lucrou e no fim das contas foi embora. Então, quando falamos de poder público é esse tipo de coisa que temos que falar. Tudo bem o governo conceder incentivos às empresas, mas desde que tenha o compromisso e a obrigatoriedade de manutenção do emprego. ‘Eu vou te dar tanto, mas quero tantos empregos’, é assim que tem que ser, proporcional. Então você acha que é função do poder público garantir esses empregos? Aqui nós ainda somos um País que tem os maiores impostos do mundo. Então devia ter uma regra. Mas não para as montadoras, e sim para o consumidor. O consumidor que é a válvula. Dá a isenção de imposto para o consumidor para ver se a economia não melhora com as pessoas consumindo mais. Você vai dar isenção para a montadora e qual é a obrigatoriedade delade reduzir o preço do carro? Não tem. A economia vai ganhar muito mais se o imposto for reduzido para o consumidor, é ele que tem que ser beneficiado. Porque o cara consome, compra mais carro, gera indústria, gera trabalho, gera emprego. É uma consequência. Mudando um pouco de assunto, pensa em sair candidato na eleição do ano que vem? Estou pensando ainda, vamos ver como vai ficar. Porque estou querendo trabalhar para que o meu filho esteja comigo, não só para política, mas para tudo. Mas não vou falar disso agora porque senão atrapalha todo o planejamento. A gente conhece o Cidão sindicalista, mas quem é a pessoa Cidão? Como o senhor chegou em São Caetano? Eu nasci em Santo Anastácio (Oeste paulista). Mas meu pai vendeu o sítio de lá e foi para Flórida Paulista. E teve um ano que ele plantou bastante amendoim, mas bastante mesmo. Naquele ano ele ia tirar o pé da jaca. Mas acabou perdendo tudo com a chuva, não deu para colher e ficou endividado. Então, ele teve que vender o sítio em Flórida Paulista e nos mudamos para São Paulo. Mas nesse período ele apostou em mim. Dizia que eu tinha que estudar, às vezes abdicava do meu serviço na roça para que eu pudesse estudar. Ele veio para São Paulo e eu fiquei em Flórida para terminar o segundo ano do ginásio. Quando eu terminei, ele foi me buscar, morávamos no Parque São Rafael, na Capital. Eu comecei a trabalhar numa obra e servir no Exército, isso enquanto terminava o ginásio aqui em São Paulo. Até que o diretor do ginásio, o Ferreira, que era diretor de RH (recursos humanos) da GM, falou que, por eu ser um dos melhores alunos, ia me arrumar uma vaga na GM. Aí eu entrei na GM em setembro de 1971 e sou funcionário até agora. Entrei como ajudante de produção. Seis meses depois, comecei a fazer escola técnica em química no Pentágono, em Santo André. Mas ainda no ginásio eu tinha aula de legislação trabalhista e eu lembrava das aulas e comecei a observar que tinha muita coisa errada. O funcionário chegava dez minutos atrasado e a empresa descontava um dia inteiro, coisas assim. Aí eu comecei a defender os trabalhadores e comecei a gostar. Em 1983, teve a greve dos petroleiros e eu fui apoiar. E no lado de fora da GM, era bala de borracha para todo lado. Naquela época, a Avenida Goiás era pequena, mão única. A polícia fechou a avenida e desceu a madeira em todo mundo. Mas eu fui gostando dessas lutas. Em 1984, fui chamado para compor a chapa no sindicato, mas eu falei que só iria para a diretoria executiva, porque eu queria ir para a ação. Oito meses depois eu já era secretário geral do sindicato e, no mandato seguinte, já fui eleito para presidente.

  • Assembleia realizada no dia de hoje com o 2º Turno , 08/11, os trabalhadores da General Motors/SCS

    Assembleia realizada no dia de hoje com o 2º Turno , 08/11, os trabalhadores da General Motors/São Caetano do Sul aprovaram proposta negociada pelo sindicato que colocou fim à greve iniciada dia 23/10/23. 1ºTURNO

  • APÓS MOBILIZAÇÃO DO SINDICATO, 15 DIAS DE GREVE E DERROTAS NA JUSTIÇA GM REINTEGRA OS DEMITIDOS.

    APÓS MOBILIZAÇÃO DO SINDICATO, 15 DIAS DE GREVE E DERROTAS NA JUSTIÇA GM REINTEGRA OS DEMITIDOS REUNIÃO ENTRE EMPRESA E SINDICATOS ESTÁ MARCADA PARA HOJE, 06/11 Em assembleia realizada hoje, 06/11, no portão 04 da GM São Caetano do Sul, com trabalhadores dos três turnos, ficou decidido que a greve na empresa iniciada em 23/10 está mantida. A empresa comunicou que providências estão sendo tomadas para que a reintegração dos demitidos seja efetuada. GM cede e reintegra os demitidos após muita mobilização feita pelo sindicato, a união dos trabalhadores, 15 dias de greve, além de duas derrotas na justiça do Trabalho, Cumpre ressaltar que na quarta-feira, 01/11, e atendendo a uma Ação Civil Pública dos sindicatos dos metalúrgicos de São Caetano do Sul e de Mogi das Cruzes, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo havia determinado o cancelamento das demissões. Na sexta-feira, 03/11, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) rejeitou pedido da empresa para que as demissões fossem mantidas. Hoje, no período da tarde, haverá reunião dos três sindicatos de Metalúrgicos, a saber: São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e São José dos Campos, com a direção da empresa para tratar da reintegração dos demitidos e de outras questões pendentes. Segundo Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do Sindicato de São Caetano do Sul, “Antes de tudo, na reunião de hoje será preciso resolver uma série de questões pendentes, incluindo a assinatura de acordo entre as partes referente à reintegração dos demitidos e ainda o pagamento dos dias parados. Até porque a justiça do Trabalho não considerou a greve abusiva, nem ilegal”. Para o Cidão tratou-se de uma vitória histórica resultante da unidade na luta pelos trabalhadores “Não há dúvida que foi um ato heroico e uma vitória histórica dos trabalhadores e trabalhadoras, após 15 dias de greve frente a uma ação a nosso ver arbitrária e unilateral por parte da empresa”, afirmou o sindicalista. Nova assembleia está marcada para amanhã as 06 horas no portão 04 da empresa.

bottom of page