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Campanha salarial é momento de conquistas

Por Aparecido Inácio da Silva

 Agora, em setembro, cerca de 800 mil trabalhadores metalúrgicos ligados à central Força Sindical e representados pela Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, mais 54 sindicatos afiliados, deram início a sua campanha salarial, convictos de que, apesar da crise que desestrutura a indústria e gera desemprego, este é o momento de se buscar a recuperação do valor dos salários (repasse integral da inflação, com base no INPC, mais aumento real), além da garantia de outros direitos.

Esse modo corajoso no enfrentamento das adversidades tem assegurado aos metalúrgicos posição de destaque no cenário nacional, como categoria profissional de luta e de conquistas.

Sabemos que os patrões irão se utilizar de todos os tipos de argumentos para não querer atender as nossas justas e legítimas reivindicações. A começar pelo discurso de que a crise afeta a economia brasileira. De fato, é visível que houve queda na produção. Os números do Instituto Brasileiro Geografia e Estatísticas (IBGE) não nos deixam mentir. Assim como aumentou o desemprego.

Todavia cabe aqui uma séria observação: a crise atual, que é também política, não fomos nós, os trabalhadores, que a criamos ou a provocamos. Ela é resultante das trapalhadas do governo do PT, por erros de encaminhamento da política econômica e ainda por ter concedido benesses (desonerações e/ou isenções de impostos) no valor de vários bilhões de reais, a diversos setores patronais, sem calcular os riscos dessa decisão, nem exigir contrapartida no tocante a investimentos e geração de empregos. Somente um lado ganhou. Por conta desses e de outros equívocos os trabalhadores estão agora sendo demitidos e/ou tendo seus salários aviltados.

Ainda segundo o IBGE, “O rendimento médio real (descontando a inflação) dos trabalhadores em julho foi de R$ 2.185,50. O valor é 0,5% maior que o registrado em julho, mas 3,5% menor que o verificado em agosto do ano passado”.

Quero aqui repetir, mais uma vez: a crise que aí está não é nossa, nem podemos aceitar que seus efeitos maléficos sejam atirados nas costas dos trabalhadores. Os especuladores que estão ganhando com a crise que sejam chamados a pagar essa conta.

Por isso, não há tempo a perder. E não há também como justificar o não atendimento do que estamos reivindicando porque se a produção anda capengando é preciso que os salários sejam urgentemente reajustados no sentido de recuperar o seu poder compra, incentivar o consumo, gerar produção e empregos, colocar a roda economia para girar.


Não tenho dúvida ser este o momento ideal para lutarmos em busca de direitos e benefícios, porque somente desta forma será possível retomar o crescimento econômico e fazer justiça aos que trabalham. Para tanto, é fundamental a nossa união e mobilização porque se trata de uma luta de todos.

Por Aparecido Inácio da Silva

Agora, em setembro, cerca de 800 mil trabalhadores metalúrgicos ligados à central Força Sindical e representados pela Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, mais 54 sindicatos afiliados, deram início a sua campanha salarial, convictos de que, apesar da crise que desestrutura a indústria e gera desemprego, este é o momento de se buscar a recuperação do valor dos salários (repasse integral da inflação, com base no INPC, mais aumento real), além da garantia de outros direitos.

Esse modo corajoso no enfrentamento das adversidades tem assegurado aos metalúrgicos posição de destaque no cenário nacional, como categoria profissional de luta e de conquistas.

Sabemos que os patrões irão se utilizar de todos os tipos de argumentos para não querer atender as nossas justas e legítimas reivindicações. A começar pelo discurso de que a crise afeta a economia brasileira. De fato, é visível que houve queda na produção. Os números do Instituto Brasileiro Geografia e Estatísticas (IBGE) não nos deixam mentir. Assim como aumentou o desemprego.

Todavia cabe aqui uma séria observação: a crise atual, que é também política, não fomos nós, os trabalhadores, que a criamos ou a provocamos. Ela é resultante das trapalhadas do governo do PT, por erros de encaminhamento da política econômica e ainda por ter concedido benesses (desonerações e/ou isenções de impostos) no valor de vários bilhões de reais, a diversos setores patronais, sem calcular os riscos dessa decisão, nem exigir contrapartida no tocante a investimentos e geração de empregos. Somente um lado ganhou. Por conta desses e de outros equívocos os trabalhadores estão agora sendo demitidos e/ou tendo seus salários aviltados.

Ainda segundo o IBGE, “O rendimento médio real (descontando a inflação) dos trabalhadores em julho foi de R$ 2.185,50. O valor é 0,5% maior que o registrado em julho, mas 3,5% menor que o verificado em agosto do ano passado”.

Quero aqui repetir, mais uma vez: a crise que aí está não é nossa, nem podemos aceitar que seus efeitos maléficos sejam atirados nas costas dos trabalhadores. Os especuladores que estão ganhando com a crise que sejam chamados a pagar essa conta.

Por isso, não há tempo a perder. E não há também como justificar o não atendimento do que estamos reivindicando porque se a produção anda capengando é preciso que os salários sejam urgentemente reajustados no sentido de recuperar o seu poder compra, incentivar o consumo, gerar produção e empregos, colocar a roda economia para girar.

Não tenho dúvida ser este o momento ideal para lutarmos em busca de direitos e benefícios, porque somente desta forma será possível retomar o crescimento econômico e fazer justiça aos que trabalham. Para tanto, é fundamental a nossa união e mobilização porque se trata de uma luta de todos.

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